27.1.10

São Martinho do Porto nas grandes batalhas navais portuguesas

Cabo Espichel - 15 de Julho de 1180 (*)


No ano de 1180, apareceu na costa portuguesa uma armada muçulmana de nove galés, sob o comando de Ganim ben

Mardanis e de um seu irmão, que se instalou no estuário do Tejo e que, por não dispor de forças suficientes para tentar a reconquista de Lisboa, se limitou a saquear o arrabalde da cidade e a capturar os navios que passavam ao largo.

Em Lisboa haveria provavelmente um pequeno número galés, talvez três ou quatro, o que era manifestamente insuficiente para icombater a armada muçulmana pelo que devem ter permanecido na terecena à sombra da muralha.

Logo que D. Afonso Henriques, que se encontrava em Coimbra, teve conhecimento da presença da armada muçulmana em Lisboa, é natural que tenha dado ordens para que todas as galés que se encontravam nos portos do Norte, talvez umas cinco ou seis, se concentrassem em São Martinho do Porto e que tenha enviado as forças necessárias para as guarnecer para Porto de Mós de que, possivelmente, já seria alcaide o almirante do Reino D. Fuas Roupinho.

Os irmãos Mardanis ao saberem, por qualquer navio que tenham interceptado ao largo de Lisboa, que em São Martinho do Porto se encontravam várias galés portuguesas desguarnecidas, dirigiram-se imediatamente para lá.

Ao avistarem a armada muçulmana, as galés portuguesas terão retirado apressadamente para norte. Tendo seus navios mais pesados, ben Mardanis não as perseguiu e optou por desembarcar as suas tropas e, por terra, dirigir-se para Porto de Mós na esperança de conseguir capturar D. Fuas Roupinho e destroçar as forças que tinha consigo. Porém, sensivelmente a meio do caminho, talvez a 10 de Julho, encontrou-se com aquele que vinha marchando em sentido contrário. Teve então lugar uma encarniçada batalha entre os cristãos e os muçulmanos em que estes foram desbaratados, sendo a maior parte mortos ou feitos prisioneiros. Entre estes figuravam Ganim bem Mardanis e o seu irmão.

As galés muçulmanas que se encontravam em São Martinho do Porto só terão tido conhecimento do desfecho da batalha dois dias depois, por algum grupo de fugitivos que tenha conseguido escapar. Tendo muito poucos soldados a bordo e, portanto, a sua capacidade combativa muito diminuída, seguiram imediatamente para sul, dando a campanha por finda. Estando provalmente a lutar com falta de água terão arribado a Sesimbra ou à foz do Sado a fim de fazerem aguada, o que poderá ter tido lugar durante o dia 14.

Por seu turno, D. Fuas Roupinho, sabendo que as galés muçulmanas estavam desguarnecidas, deve ter pensado que era uma ocasião ideal para as capturar. E dirigiu-se a toda a pressa para São Martinho do Porto onde, provavelmente já teriam voltado as galés portuguesas, ao saberem da fuga das muçulmanas. Embarcadas as tropas, a armada portuguesa rumou a sul fazendo força de vela.

No dia 15 de Julho, ao dobrar o cabo Espichel, avistou a curta distância a armada muçulmana que recomeçara a viagem de regresso a Sevilha. É de supor que as galés dos mouros fossem a andar menos do que as nossas, provavelmente por terem os fundos mais sujos e velas mais pequenas. O certo é que foram alcançadas sem dificuldade e abordadas e tomadas uma após outra. A resistência que ofereceram, uma vez que tinham muito poucos soldados, deve ter sido muito fraca ou mesmo nula.

Terminada a contenda, D. Fuas Roupinho levou as nove galés capturadas para Lisboa onde foi recebido em triunfo.


(*) texto retirado do site da Marinha portuguesa

22.1.10

A Frase

“São Martinho do Porto foi criado por Deus para os pequeninos, e a obra ficou tão delicada e perfeita que só os homens a podem estragar”

in “A voz de São Martinho”, 1931

20.1.10

Baía de São Martinho também é candidata a “Maravilha Natural”


A Câmara Municipal de Alcobaça também vai participar no concurso “7 Maravilhas Naturais de Portugal”. Depois de ter alcançado o lugar de Maravilha Nacional com o Mosteiro de Santa Maria de Alcobaça, vai candidatar seis maravilhas naturais do concelho: Baía de São Martinho do Porto, Vale da Ribeira do Mogo, Mata Nacional do Vimeiro – Gaio, Praias de Pataias, Lagoa de Pataias e Serra dos Candeeiro.

A autarquia de Alcobaça concorre, assim, a cinco categorias das sete existentes, nomeadamente: Praias e Falésias – Praias de Pataias e Baía de São Martinho do Porto; Florestas e Matas – Mata Nacional do Vimeiro – Gaio e Vale da Ribeira do Mogo; Áreas Protegidas – Serra dos Candeeiros; Zonas Aquáticas não Marinhas – Lagoa de Pataias.

São cerca de 2,3 km de comprimento e uma peculiar forma de semicírculo perfeito, que tornam especial e única a Baía de São Martinho, resultado de um processo local de modificação da ondulação.

Após a transposição da barra de cerca de 200 metros, as vagas difractam-se por leque, dissipação de energia e diminuição da profundidade, continuando assim o seu trajecto até ao extenso areal que se apresenta abrigado e em baixa profundidade em relação ao nível do mar.

in "
Jornal das Caldas"


É uma boa notícia, mas esta é ainda uma fase inícial. A Baía de São Martinho do Porto é apenas uma entre 323 "maravilhas naturais" candidatas. Destas serão seleccionaldas em duas fases 21 candidaturas finalistas que poderão ser alvo de votação popular a partir do dia 7 de março. Até esse momento a selecção será efectuada por um painel de especialistas da organização deste evento.

Se São Martinho do Porto chegar á fase final (como merece) aqui iniciaremos uma campanha para a eleição de São Martinho do Porto.

Mais informação sobre a selecção das 7 Maravilhas Naturais de Portugal pode ser consultada aqui.

10.1.10

A passagem dos anos pelo Cais



A foto antiga é uma reprodução de um postal retirada daqui. A foto recente é da Suzy de Magalhães Corrêa-Monteiro.

3.1.10

Farol de São Martinho devia ser requalificado


O farol de São Martinho do Porto podia ser um ponto de interesse turístico para São Martinho. De lá se avista a baía, a vila, Alfeizerão, Salir do Porto, o Facho e as Berlengas.

O acesso é fácil através de umas escadas que partem do Cais junto ao edifício do Instituto de Socorros a Naufragos (ISN).

Mas quando se chega junto do dito farol, deparamo-nos com um espaço abandonado, sujo, sem protecção e com uma construção em ruínas e vandalizada.

É um detalhe que facilmente pode ser ultrapassado com a comunhão de esforços entre a entidade responsável pela manutenção: Ministério da Defesa através da Direcção de Faróis da Direcção Geral da Autoridade Marítima e as entidades supostamente interessadas na sua preservação: Região de Turismo do Oeste, Câmara Municipal de Alcobaça e Junta de Freguesia de São Martinho do Porto.

Desleixo


As obras de requalificação da Marginal de São Martinho a que alude o que resta desta placa terminaram há cerca de 2 anos, a inauguração formal decorreu em Maio de 2009, mas a placa permanece...

São estes detalhes que facilmente podem ser resolvidos, melhorando a imagem e a qualidade da vila. Será que ninguém se preocupa? Neste caso basta retirar a placa...