14.3.05

A CARAVELA

Vindo da rua do cinema ("Sonoro") passo o café do Frederico e a porta do "Delírio" antes de, mirando o café Carvalho, abordar o principado do Careca.

Mas não paro, sigo a curva do parque infantil e num ai eis-me no largo do turismo já com a rota desviada sobre a direita para na linha da casa dos rocha entrar no cais como deve ser:
puxado a bombordo, a sentir o rumor da baía sob o lajedo.

Galga-se o enfiamento do "cais de copos" e, passada a "colónia", já a barra desvenda o recorte do forte de São Romeu ao peregrino que, sabendo ao que vai, estuga o passo rumo ao regalo.

Ei-lo, o regalo!

Tem um nome que traz no bojo viagens e delícias: Caravela.

Depois, já abancado no convés, com a casa da alfândega - a minha ruína encantada - em mira, chega pela mão do lendário Álvaro, coração de gibão e gorra, a primeira imperial...

A seguir, em forma de pescado,a bem-aventurança.

Para me entregar mais do que era razão.


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