29.11.07

Uma imagem


autor: Pedro Libório; origem: http://www.pbase.com/pliborio/

22.11.07

Sinais urbanísticos contraditórios...

Há muito que me choca a evolução urbanística na Vila de São Martinho do Porto. Choca-me e entristece-me. Não por qualquer espírito mais conservador ou imobilista. Não!

Acontece que ao longo de anos a fio, São Martinho foi alvo de sistemáticas agressões à sua qualidade e equilíbrio urbanístico. São Martinho é hoje, infelizmente, um aglomerado urbano de qualidade arquitectónica e urbanística muito degradada.

Primeiro na marginal, depois no interior, na zona alta e mais recentemente entre a capela de Santo António e o Facho, tudo foi minado por construção e mais construção, desrespeitando urbanisticamente e até ambientalmente a Vila de São Martinho e a sua paisagem.

Ao fim de muitos anos e muitos atentados já referidos, finalmente, a intervenção de requalificação da marginal constitui um sinal de esforço de contrariar a tendência de degradação já referida.

Vem tudo isto a propósito de duas notícias de hoje. Curiosamente de sinal contrário.

O conjunto de apartamentos em má hora construídos no Morro de Santo António foi alvo de uma autorização para a alteração de uso, passando de apartamentos turísticos para habitação. A única solução é a demolição!

Interessante é a notícia de que o Hotel Parque, infelizmente fechado e a degradar-se, foi alvo de uma decisão da câmara de Alcobaça que lhe confere maior protecção. Espero que ainda se vá a tempo de salvar este magnífico edifício e de o devolver a um uso adequado à sua notabilidade.


António Prôa

Festa de Natal em São Martinho do Porto

A Assembleia de Freguesia reunida extraordinariamente para o efeito, no passado dia 16 de Novembro de 2007, aprovou por unanimidade a proposta, para que a freguesia tenha uma Festa de Natal para as suas crianças.

A Festa de Natal será realizada no Pavilhão Gimnodesportivo no dia 16 de Dezembro, e terá inicio pelas 15h30m.

Uma boa iniciativa!

Naturalmente que este evento, mesmo tendo sido uma proposta da iniciativa de um partido, não será abusivamente utilizado politicamente...


António Prôa

12.11.07

Uma oportunidade perdida


Este é o "programa das festas". Literalmente. O programa das festas de comemoração do "São Martinho" de 2007.

São Martinho do Porto tem o momento alto de actividade social, económica, cultural e turística durante o mês de Agosto quando a enorme afluência de veraneantes invade a Vila de São Martinho dinamizando a vida local, gerando riqueza, provocando animação.

Durante o mês de Junho, a propósito das comemorações de Santo António, cuja insignificante mas marcante capela se encontra a caminho do Facho, a Vila de São Martinho volta a ter alguma animação durante cerca de uma semana com vários eventos, a feira e o momento alto das festas – a procissão em honra do Santo popular.

O "São Martinho" é outra ocasião em que a Vila de São Martinho pode encontrar pretexto para criar animação de vária índole de forma a atrair público.

Ora, o programa das festas de São Martinho de 2007 é pobre. Muito pobre. Não serve para atrair ninguém. E seguramente que os residentes de São Martinho do Porto merecem e querem melhor.

São Martinho do Porto precisa de contrariar a extrema sazonalidade da sua actividade turística que dinamiza a economia local e gera riqueza para os seus residentes. Para tal precisa de encontrar eventos atractivos ao longo do ano. O "São Martinho" é uma oportunidade até agora perdida...

7.11.07

S. Martinho do Porto recupera glamour de outros tempos (*)

S. Martinho do Porto é daqueles locais de encantos únicos, com a baía em forma de concha, a preencher todos os requisitos desejados pelos veraneantes, desde as águas límpidas e calmas à areia fina e dourada. Por estes motivos e também por estar próximo das termas de Caldas da Rainha, foi, ao longo dos séculos, procurado, sazonalmente, por reis e rainhas. Os burgueses e aristocratas que procuravam a baía construíram imponentes casas senhoriais, com pormenores de grande requinte. Um glamour que se perdeu nas últimas décadas, mas que se procura agora recuperar.

O Hotel Palace do Capitão é o exemplo mais sublime do regresso ao charme de outros tempos. Património municipal desde 1996, o edifício tem a marca do conhecido arquitecto Ernesto Korrodi. O palacete, transformado em hotel e casa de chá, foi construído em 1917 para o famoso capitão Jaime Granger Pinto, ao estilo Arte Nova. Com o passar dos anos, foi mudando de mãos, até que saiu da família. Em 2000, o empresário José Luís Fortunato adquiriu-o com a intenção de o transformar em hotel.

Os anos seguintes, recorda a filha, Tânia Fortunato, actualmente gerente do espaço, foram bastante difíceis. "É muito complicado recuperar edifícios deste género, uma vez que os projectos têm de passar pela Câmara, Direcção-Geral do Turismo e Instituto de Gestão do Património Arquitectónico e Arqueológico. São passos burocráticos longos e acaba por ser mais rentável construir de raiz", lamenta a responsável.

Só em 2005 foi feita a inauguração. O espaço exterior foi recuperado e mantém os traços originais, enquanto no interior a decoração clássica e romântica procura criar um ambiente acolhedor e familiar. Para Tânia Fortunato, o Palace do Capitão é, sem dúvida, "um hotel familiar". "Como temos apenas 11 quartos, todos decorados de forma diferente, e não temos feito publicidade, as pessoas vêm, gostam e acabam por regressar, recomendando aos amigos", conta. O negócio tem vindo a florescer e até já "há pessoas em lista de espera". Em Agosto, o edifício recebeu o prémio de arquitectura Eugénio dos Santos, atribuído pela Câmara de Alcobaça, pela forma como foi recuperado.

Carlos Bonifácio, vereador do Urbanismo, explica tratar-se de "um prémio pelo trabalho realizado e de um incentivo para outros empresários seguirem o exemplo". "S. Martinho não pode voltar a ser o que era, uma vez que os tempos são outros, mas pode recuperar o título de estância turística", considera. O autarca refere que "com a delimitação do centro histórico, está encontrado um instrumento jurídico que proteja toda essa zona. As obras serão, assim, vigiadas e fiscalizadas com maior rigor".

A estas regras juntam-se a intervenção paisagística, já concluída na marginal, a construção do elevador e a mudança do posto de turismo, com a consequente recuperação da praça engenheiro José Frederico Ulrich. Mudanças para melhor, que atraíram este Verão mais turistas à vila. O optimismo é visível e pode acentuar-se com a classificação, para breve, de outro edifício, actualmente em ruínas, o Hotel Parque.


Dos monges de Cister à construção de navios

Todo o território a Sul do Convento de Alcobaça foi entregue aos monges de Cister em 1154, pelo que coube a estes o povoamento da região, incluindo S. Martinho. A vila foi reconhecida por D. Afonso III, em 1257. A sua riqueza, sobretudo ao nível da água e da floresta, fez nascer uma povoação piscatória. A madeira começou a ser aproveitada para construção de navios. Já no século XIX foi um importante porto comercial.



Baía das marquesas e a decadência no século XX

A fama da praia atraiu reis e outras personalidades. Nesta vila, viveram a rainha Santa Isabel, D. Leonor de Aragão e D. Leonor de Bragança, assim como D. Amélia e D. Carlos. S. Martinho perdeu a importância piscatória para ganhar importância turística. Em meados do século XX, a riqueza deu lugar à decadência, à semelhança do que aconteceu por todo o país, e muitas pessoas acabaram por emigrar. Nas últimas décadas, com a recuperação da vida económica, a vila volta a ser procurada por uma certa burguesia financeira. Alguns edifícios desses tempos áureos ganham nova vida, outros já deram lugar a prédios.


(*) in Jornal de Notícias, 2007-11-07

11.10.07

Hotel Palace do capitão galardoado com o prémio “Eugénio dos Santos” (*)


O Hotel Palace do Capitão, situado na Avenida Marginal de São Martinho do Porto foi o vencedor na categoria de edifícios recuperados, do Prémio de Arquitectura “Eugénio dos Santos”, instituído pelo Município de Alcobaça em 2005.

Os prémios, distribuídos pelas categorias, “A edifícios novos” e “B edifícios recuperados” têm o valor pecuniário de cinco mil euros, sendo no primeiro caso entregue ao arquitecto, e no segundo ao proprietário.



Este prémio, com carácter bianual, tem por objectivo premiar proprietários, promotores e arquitectos, que assumam a genuína preocupação em desenvolver a qualidade da construção de raiz, bem como a recuperação de edifícios, uma forma de valorização e salvaguarda do património no Concelho de Alcobaça.

Para o vice-presidente da Câmara, este prémio vem provar que a arquitectura nacional está no bom caminho, uma vez que os arquitectos estão a apostar na qualidade, “estando criadas as condições para que este prémio venha a ser um evento com marca no Concelho de Alcobaça”.

Durante a cerimonia de descerrar da placa do galardão atribuído pela edilidade, também Gonçalves Sapinho fez questão de frisar que “a qualidade do património recuperado e que deve continuar a ser recuperado”.

Segundo o autarca “nenhum afortunado deve aparecer aqui para deitar abaixo para construir, porque a principal diferença está na recuperação os edifícios históricos de São Martinho”, afirmou.

Este projecto de recuperação do arquitecto Sousa Lopes e desenvolvido pela empresa Fortunato Construções, deu lugar a um Hotel de Turismo Rural, gerido pela empresa Fortunato Imóveis, cuja sócia gerente do Hotel Palace do Capitão, é Tania Fortunato, filha do casal que gere a empresa mãe, de construções.

A jovem empresaria que durante esta cerimonia foi também a voz dos seus clientes, pediu ao executivo camarário para serem fiscalizados e revistas as posturas, e locais de vendas ambulantes na Avenida Marginal, já que “muitos clientes queixam-se da perda de vista com demasiados e inoportunos chapéus de sol”. Também a “falta de casas de banho públicas e a falta de locais para estacionamento” são outras queixas apresentas à gerente do hotel que as transmitiu publicamente a Gonçalves Sapinho.

Para tentar minimizar esta última queixa a empresa proprietária do Hotel adquiriu um espaço bem perto do espaço para ai ter um parque de estacionamento privativo.

A recuperação deste imóvel que “andará nos 500 mil euros” deverá ter em breve um apoio, quando for autorizada a recuperação do edifício Duque de Loulé, também em São Martinho. Este futuro espaço deverá ter dez apartamentos e um restaurante de apoio ao “negócio da família”, como fez questão de frisar, Tania Fortunato.

O Hotel que foi comprado em 2000 pelo construtor, é datado de 1917, tendo sido iniciado o seu processo de recuperação em 2003, estando aberto ao público, já lá vão dois anos.

O significado de receber este prémio, “é gratificante pelo reconhecimento de muitas lutas e muitas burocracias que passamos até nos deixarem fazer a recuperação e até à abertura como Hotel”, desabafou a jovem empresaria.

O pai da jovem também tem o mesmo sentimento de gratidão, acrescentando ainda que “é reconhecimento e recompensa merecidas para quem vem à Marginal reconstruir casas em vez de as deitar abaixo”.

José Fortunato que teve a ideia de criar a empresa ligada ao lazer e turismo “para os filhos” ainda gostaria de construir um silo automóvel na vila, tarefa que até agora “não foi possível por não ter conseguido arranjar espaço suficiente”.


(*) in Jornal Região da Nazaré, 15Set2007

1.10.07

Nós por cá...


Depois de uma intervenção integrada na marginal de São Martinho do Porto que a modernizou, ordenou e qualificou, este poste mais uns armários bastidores de eletricidade, telefone e mais o que mais seja, mantêm-se vai pra dois anos mesmo no meio da nova entrada das embarcações. Não só a entrada está obstruída como o passeio está por acabar

É um caso típico de descoordenação entre entidades que utilizam o espaço público.

Não sei quem tem a culpa. A Câmara Municipal de Alcobaça? A EDP? Certo é que é uma imagem lamentável de incapacidade de fazer as coisas do princípio ao fim...

Prolongamento do passadiço entre São Martinho e Salir do Porto*


A Câmara Municipal de Alcobaça (CMA) reuniu na passada sexta-feira, 14 de Setembro, com o INAG – Instituto da Água, tendo um dos assuntos discutidos sido o prolongamento do passadiço das dunas para fazer a ligação de São Martinho do Porto a Salir do Porto.Foi consignada a empreitada de ligação entre as duas margens à empresa Construções Aquino & Rodrigues S.A, sendo o valor da adjudicação de 68.091,54 euros. A obra de construção do passadiço foi inaugurada no Verão de 2006 e, desde logo, a CMA fez ver, junto do INAG, que não fazia sentido inexistência de ligação entre as margens. A empreitada terá assim como objectivo completar o passadiço da praia de São Martinho e ainda a ligação da ponte pedonal sobre o rio Tornada à rampa junto ao parque de estacionamento de Salir do Porto, com a colocação de chulipas em madeira e bancos, assentes sobre o areal.Os trabalhos agora contratados terão uma duração de um mês.

(*) in Jornal Oeste Online


Será que esta é a obra que ligará todo o passadiço da praia? Ou a intervenção é apenas em Salir?Não se compreende porque é que o passadiço existente é interrompido a meio caminho...