11.10.07

Hotel Palace do capitão galardoado com o prémio “Eugénio dos Santos” (*)


O Hotel Palace do Capitão, situado na Avenida Marginal de São Martinho do Porto foi o vencedor na categoria de edifícios recuperados, do Prémio de Arquitectura “Eugénio dos Santos”, instituído pelo Município de Alcobaça em 2005.

Os prémios, distribuídos pelas categorias, “A edifícios novos” e “B edifícios recuperados” têm o valor pecuniário de cinco mil euros, sendo no primeiro caso entregue ao arquitecto, e no segundo ao proprietário.



Este prémio, com carácter bianual, tem por objectivo premiar proprietários, promotores e arquitectos, que assumam a genuína preocupação em desenvolver a qualidade da construção de raiz, bem como a recuperação de edifícios, uma forma de valorização e salvaguarda do património no Concelho de Alcobaça.

Para o vice-presidente da Câmara, este prémio vem provar que a arquitectura nacional está no bom caminho, uma vez que os arquitectos estão a apostar na qualidade, “estando criadas as condições para que este prémio venha a ser um evento com marca no Concelho de Alcobaça”.

Durante a cerimonia de descerrar da placa do galardão atribuído pela edilidade, também Gonçalves Sapinho fez questão de frisar que “a qualidade do património recuperado e que deve continuar a ser recuperado”.

Segundo o autarca “nenhum afortunado deve aparecer aqui para deitar abaixo para construir, porque a principal diferença está na recuperação os edifícios históricos de São Martinho”, afirmou.

Este projecto de recuperação do arquitecto Sousa Lopes e desenvolvido pela empresa Fortunato Construções, deu lugar a um Hotel de Turismo Rural, gerido pela empresa Fortunato Imóveis, cuja sócia gerente do Hotel Palace do Capitão, é Tania Fortunato, filha do casal que gere a empresa mãe, de construções.

A jovem empresaria que durante esta cerimonia foi também a voz dos seus clientes, pediu ao executivo camarário para serem fiscalizados e revistas as posturas, e locais de vendas ambulantes na Avenida Marginal, já que “muitos clientes queixam-se da perda de vista com demasiados e inoportunos chapéus de sol”. Também a “falta de casas de banho públicas e a falta de locais para estacionamento” são outras queixas apresentas à gerente do hotel que as transmitiu publicamente a Gonçalves Sapinho.

Para tentar minimizar esta última queixa a empresa proprietária do Hotel adquiriu um espaço bem perto do espaço para ai ter um parque de estacionamento privativo.

A recuperação deste imóvel que “andará nos 500 mil euros” deverá ter em breve um apoio, quando for autorizada a recuperação do edifício Duque de Loulé, também em São Martinho. Este futuro espaço deverá ter dez apartamentos e um restaurante de apoio ao “negócio da família”, como fez questão de frisar, Tania Fortunato.

O Hotel que foi comprado em 2000 pelo construtor, é datado de 1917, tendo sido iniciado o seu processo de recuperação em 2003, estando aberto ao público, já lá vão dois anos.

O significado de receber este prémio, “é gratificante pelo reconhecimento de muitas lutas e muitas burocracias que passamos até nos deixarem fazer a recuperação e até à abertura como Hotel”, desabafou a jovem empresaria.

O pai da jovem também tem o mesmo sentimento de gratidão, acrescentando ainda que “é reconhecimento e recompensa merecidas para quem vem à Marginal reconstruir casas em vez de as deitar abaixo”.

José Fortunato que teve a ideia de criar a empresa ligada ao lazer e turismo “para os filhos” ainda gostaria de construir um silo automóvel na vila, tarefa que até agora “não foi possível por não ter conseguido arranjar espaço suficiente”.


(*) in Jornal Região da Nazaré, 15Set2007

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